top of page

Emoções: Sinais que Vale a Pena Ouvir

  • Foto do escritor: Lidiane Sarmento
    Lidiane Sarmento
  • 28 de mai.
  • 3 min de leitura


ree

Você já sentiu algo “ruim” e tentou ignorar, fingir que estava tudo bem ou se distrair rapidamente? Talvez tenha dito para si mesmo: “Não posso sentir isso agora”, “Preciso ser forte”, ou “Isso é bobagem”. A verdade é que muitas vezes aprendemos a calar o que sentimos — como se as emoções fossem um problema a ser resolvido, em vez de mensagens a serem escutadas.

Mas, e se as emoções forem exatamente o contrário disso? E se elas forem, na verdade, sinais internos inteligentes, que trazem informações valiosas sobre como estamos vivendo, o que estamos precisando, e o que importa de verdade para nós?


Emoções são bússolas internas


As emoções funcionam como bússolas emocionais. Elas apontam para direções que talvez a mente racional não perceba de imediato. Não estão aí por acaso. Quando prestamos atenção nelas, podemos descobrir o que estamos sentindo falta, o que nos machuca, o que nos motiva ou o que nos aproxima dos outros.


Por exemplo:


  • Quando sentimos raiva, talvez um limite tenha sido desrespeitado. A raiva, quando escutada com consciência, pode nos ajudar a afirmar nossa voz e proteger nosso espaço.

  • A tristeza pode ser um pedido de pausa. Um convite para olhar para dentro e acolher algo que está doendo — uma perda, uma frustração, uma mudança.

  • O medo nos mostra onde há perigo ou incerteza, mas também pode nos lembrar de que queremos cuidar da nossa vida e integridade.

  • A alegria nos mostra o que tem valor para nós. O que nos nutre. O que queremos repetir.


Não existem emoções “boas” ou “ruins”. O que existe são emoções agradáveis e desagradáveis, todas com papéis importantes na nossa experiência humana.


Ignorar não é resolver


Quando ignoramos uma emoção, ela não desaparece — ela se esconde. E emoções escondidas tendem a se manifestar de outras formas: no corpo (dores, tensões, doenças), no comportamento (impulsividade, procrastinação, isolamento), ou nos relacionamentos (conflitos, afastamentos, mágoas).


É como colocar um alarme no silencioso: o problema continua lá, só que agora você não está ouvindo o aviso.


A boa notícia é que, com prática e acolhimento, podemos reaprender a escutar o que sentimos sem medo. Emoções não são monstros que precisam ser controlados. São mensagens que pedem tradução e cuidado.


Escutar as emoções é um ato de autocuidado


Aprender a identificar, nomear e compreender o que sentimos é um passo fundamental no caminho do autoconhecimento. E isso não significa agir impulsivamente com base nas emoções, mas sim fazer delas aliadas na tomada de decisões.

Imagine que, em vez de lutar contra a ansiedade, você pudesse entender o que ela está tentando proteger. Ou que, em vez de fugir da raiva, você conseguisse usá-la como força para dizer “não” quando necessário. Ou ainda, que a tristeza não precisasse ser um peso solitário, mas um pedido de colo — seu próprio ou de alguém de confiança.


Um convite para a escuta interna


Que tal começar a se perguntar, com curiosidade e gentileza: “O que essa emoção está tentando me mostrar?” “Do que eu preciso agora?”. Talvez a resposta venha de imediato, talvez não. O mais importante é abrir espaço. Criar uma relação de escuta consigo mesmo.


E se for difícil?


Se escutar suas emoções parece confuso, doloroso ou até impossível, saiba que você não precisa fazer isso sozinho(a). A psicoterapia é um espaço seguro para aprender a sentir com mais consciência, compaixão e clareza. Ali, você será acolhido exatamente como está — sem precisar fingir força, sem precisar se explicar demais. Apenas sendo quem você é, com tudo o que sente. Porque toda emoção tem um motivo. E todo motivo merece cuidado.


Que você possa, cada vez mais, fazer as pazes com suas emoções. Porque sentir não é fraqueza — é sinal de vida. E a sua vida merece ser escutada com carinho.




 
 
bottom of page